Educar para o pensar espírita é educar o ser para dimensões conscienciais superiores. Esta educação para o Espírito implica em atualizar as próprias potencialidades, desenvolvendo e ampliando o seu horizonte intelecto-moral em contínua ligação com os Espíritos Superiores que conduzem os destinos humanos.(STS)

Base Estrutural do ©PROJETO ESTUDOS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS (EFE, 2001): Consulte o rodapé deste Blog.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MEDIUNIDADE OU PROFETISMO?


O LIVRO DOS MÉDIUNS – 1861-2011

MUITO MAIS IMPORTANTE DO QUE A PRÁTICA MEDIÚNICA FORMAL NAS INSTITUIÇÕES DOUTRINÁRIAS, TEMOS DE APRENDER A VIVER O ESPIRITISMO, USANDO NORMALMENTE A FACULDADE HUMANA DA MEDIUNIDADE ESTÁTICA OU GENERALIZADA DE QUE DISPOMOS: O BOM-SENSO, O CRITÉRIO LÓGICO, A PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL, AS INTUIÇÕES E INSPIRAÇÕES, A VIVÊNCIA ÉTICA E MORAL COM BASE NO EVANGELHO DE JESUS...

COM A VIVÊNCIA ESPÍRITA CONSCIENTIZADA E BEM ESTRUTURADA EM NOSSAS VIDAS, DEIXAMOS A ROTINA DAS PERTURBAÇÕES PARA VIVER A PAZ COMPREENSIVA E RICA DE POSSIBILIDADES ESPIRITUAIS;

TENDO COMPREENDIDO A FINALIDADE DO ESPIRITISMO EM SEU SENTIDO CÓSMICO, NÃO APENAS TERRENO, HABILITAMO-NOS A VIVER OS DESAFIOS DA EXISTÊNCIA SEM PERDER A VISÃO DO FUTURO. (JHPires)

Dizem os Espíritos orientadores na codificação espírita corroborando Jesus em Lucas, 6:43-45: “cada árvore é conhecida pelos seus frutos” e em Mateus, 7:15-20 e 24:4-5, 11-13, 23-24: “...guardai-vos dos falsos profetas, porque virão muitos em meu nome, dizendo: “Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos” -, que haveria um tempo em que a verdade poderia ser mesclada com idéias equivocadas originárias de leituras descritivas do momento, por vezes confusas ou arbitrárias, muitas delas provenientes de seitas, doutrinas e religiões que ainda se prendem ao mito e ao misticismo, alimentando as superstições da multidão que busca, por vezes em desespero de causa, explicações para o momento conturbado e angustioso (cap. XXI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Falsos Cristos e Falsos Profetas). (...)(Artigo na íntegra:http://www.feal.com.br/artigo.php?car_id=37&col_id=22&t=Mediunidade-ou-Profetismo)

Junto a este processo, vemos a mediunidade, tão bem estudada, pesquisada, analisada e elucidada no Espiritismo, em bases experimentais seguras de razão e lógica mas também com a finalidade da completude do ser que se atualiza evolutivamente no constante contato com esferas superiores da Existência em bases de amor e caridade, sendo transformada em mero profetismo aos moldes dos arcaicos oráculos gregos.
(...)
Porém, esquecemos que acima de nossa pequena capacidade cognitiva, burilada nas academias humanas, e perceptiva, seja ela intuititiva ou mediúnica, existem percepções de amplitude jamais pensada pelo ser humano da Terra. Jesus, habitante dessas esferas iluminadas, não nos trouxe receitas para a solução imediata de nossa rebeldia contra as leis divinas educadoras mas sim, a cura para o Espírito que insiste em transitar no período consciencial mosaico do olho-por-olho-dente-por-dente.

Estamos, sem dúvida nenhuma, no processo de enfrentamento de nossas aflições, pois estas são frutos das ações causadas individual e coletivamente ao longo da história humana vivida nas diversas culturas, numa linha do tempo que partiu da primeira noção de individualidade e culmina agora, com a civilização moderna, materialista e consumista, construída em padrões de desvalia das virtudes que enobrecem o Espírito.

Abriu-se campo para a dúvida, que de tão útil com Descartes e Kant, torna-se hoje móvel de desequilíbrio nas atitudes. E chegamos até a questionar os Grandes Mensageiros do Bem que construíram a Codificação Espírita na Terra, atribuindo-lhes palavras não pronunciadas, ensinamentos não transmitidos (ou mal interpretados), leituras nas entrelinhas que não realizaram, pois o intento das atitudes dos Espíritos do Bem é o Amor, e o Amor não usa máscaras, não se oculta, ao inverso, mostra-se com toda a Beleza de que é portador, num gracioso convite à humanidade atormentada para que caia em si e faça como Ele indicou.

Buscamos ainda, ansiosos, a tão propalada Geração Nova descrita pelo codificador Allan Kardec, no olhar das crianças nascentes, esquecendo-nos de que a palavra “geração”, em sua tradição histórica (e espírita) refere-se à geração evolutiva, o que demanda séculos de aprimoramento, de trabalho, de sofrimento estimulador, de aperfeiçoamento, seja nos planos dimensionais desprovidos da matéria como a conhecemos, seja reencarnados a ensejar a mudança consciencial efetiva que mudará aos poucos o padrão vibratório, a psicosfera, as energias circulantes neste plano de existência (...) , propiciando espaços dimensionais específicos à futura reencarnação de Espíritos que continuam a realizar o seu progresso intelecto-moral (...).

Paralelamente, um mercado mundial de livros espiritualistas de origem igualmente obscura, assinadas por pseudo-orientadores do mundo espiritual, a ditarem regras e condutas de cunho eminentemente pessoal, pretensamente buscando elucidar - fica claro que de acordo com suas próprias crenças e opiniões -, e fazer adeptos, num proselitismo ausente de quaisquer padrões conducentes ao Bem individual e comum, senão somente ao egocentrismo.

Esses livros, muitos dos quais chegando hoje às prateleiras espíritas, seguramente deveriam ser mais profundamente analisados pois muitos contrariam informes trazidos nas obras de Espíritos eminentes que se seguiram à codificação, senão ela própria, seja entre os Pioneiros (Léon Denis, Delanne, Bozzano, Aksakoff, etc.) que sustentaram a idéia e o trabalho espírita com a força de sua argumentação e de sua fé contra o Espiritualismo vigente em todas as épocas e que tentou e tenta fazer prevalecer a sua mística onírica por sobre a efetiva Fé Raciocinada.

Com respeito aos médiuns que ajudaram a construir o edifício espírita, principalmente no Brasil, as suas atitudes falam por si. Muitos aguardavam por vários anos até divulgarem o trabalho do qual eram os fiéis instrumentos, para que os ensinamentos lá contidos se manifestassem concreta e verdadeiramente, seguindo à risca o Controle Universal do ensino dos Espíritos, como foi o caso de Yvonne do Amaral Pereira e o “Memórias de um Suicida”, como foi o caso de Chico Xavier e das obras dos Espíritos Emmanuel e André Luiz, bem como de tantos que se doaram à Causa de Jesus manifestada entre nós no formato de 3a. Revelação, o Espiritismo, apagando-se às homenagens humanas que sabiam ser pertencentes aos Espíritos, senão ao próprio Jesus (...)
Após 150 anos da primeira edição de O Livro dos Espíritos, sem dúvida nenhuma a mensagem eterna lá transmitida perdurará apesar do momento aflitivo que todos vivemos. E é na codificação, nas obras pioneiras que se seguiram, no trabalho dos médiuns missionários trazendo-nos de forma límpida e clara os ensinos dos Espíritos orientadores, e ainda nos estudos e pesquisas de estudiosos espíritas conscientes, numa seqüência lógica e coerente, que poderemos encontrar as respostas para as grandes questões que afligem hoje a alma humana, de todas as formas considerada. E gradativamente entenderemos o que os Espíritos quiseram dizer com a afirmação de que o Espiritismo é progressista, pois estaremos alcançando o seu verdadeiro sentido, ensejando a ampliação de nossa capacidade intuitiva, dilatando a própria consciência que se despirá das provas e expiações contundentes e violentas e assumirá outros desafios menos dolorosos, porque sempre construtivos.

No futuro, a ciência humana - que é feita por seres humanos - irá, definitivamente, ao encontro dos princípios espíritas tão cuidadosamente pesquisados por Kardec, sem preconceitos, sem atavismos, sem espírito de sistema, sem aspirações de usufruto pessoal de uma obra que é divina, sem tentativas de enquadramento no arbitrário e soberbo academicismo, sem dogmatismos, sem estreiteza de pensamento porque pautados pelo orgulho e vaidade pessoais que tentem sobrepujar-se à obra dos Espíritos.

Por ora, ficamos com as aflições que exigem urgente solução. E esta só surgirá se houver maturidade, coragem, renúncia, solidariedade e compaixão para conosco e o nosso próximo.

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